terça-feira, 12 de outubro de 2010

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Eu não quero subir a mais alta montanha
Porque muitos já estiveram lá
Nem me interessa singrar os sete mares
Pois por eles já trafegaram inúmeras embarcações.
Não quero explorar cavernas já exploradas
Nem conquistar o espaço já conquistado
Não desejo caminhar sobre passos já marcados
Nem alçar vôos muitas vezes já voados.
O óbvio me assusta, mete medo
O comum me causa pânico, enlouquece
O real é obscuro demais em sua objetividade
O pragmatismo, para mim, é o total absurdo.
Não. Eu quero subir onde homem algum jamais subiu
Singrar mares nunca dantes navegados
Adentrar por cavernas desconhecidas e sombrias
Conquistar um espaço jamais sonhado pelos cientistas
Caminhar meus próprios passos, construí-los
Voar até a linha vertical de um horizonte imaginário.
Porque os sonhos dos outros não são os meus sonhos
Seus caminhos na são os meus caminhos
Suas idéias não são as minhas idéias
Seu destino não é o mesmo que o meu.
Quero o diferente, o demasiadamente novo
O mundo inteiro dentro de mim
Todos os meus sonhos, projetos e pensamentos
Toda a minha poesia, crônicas, filosofias...
Quero tudo como a primeira roda
Como a primeira chama de fogo
Como a primeira palavra do ser humano.

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