domingo, 14 de fevereiro de 2016

O ESTRANHO MUNDO DE LEAZIM




Não existem fores enfeitando os canteiros
Nem borboletas voando estabanadas
No estranho mundo de Leazim
Todos os caminhos conduzem a nada.

As noites são sempre mais escuras
As horas do dia parecem se arrastar
Quando todas as coisas de repente se encaixam
Tudo termina saindo do lugar.

No estranho mundo de Leazim
A solidão não é sombra passageira
Ela é constante como a poeira da terra
E uma amiga sempre fiel e verdadeira.

Existe um silêncio que de tão estrondoso
Faz empalidecer qualquer música contente
Existem gemidos, sussurros e atritos
Que se disseminam de modo eloquente.

É tudo ás avessas neste estanho mundo
Mas existem coisas perfeitamente palpáveis
A fé num Deus que a tudo pode transformar
E a certeza do paraíso são bastante estáveis.

Tantos sonhos, medos, anseios e ideologias
Poesias, desejos, raios e trovões
Saudades, sentimentos, razão, esperança
No mundo de Leazim existem mil tentações.

Como há de ser o dia de amanhã?
Neste mundo tão estranho nada está definido
Apenas a certeza de que tudo pode mudar
E que o hoje e o amanhã não precisam ser parecidos.

No estranho mundo de Leazim
Poucos têm a ousadia de penetrar
Alguns observam de fora e fazem comentários
Outros passam rápidos e mais rápido querem julgar.

Tudo muda, tudo sempre se transforma
E este mundo imperfeito está sujeito a mutação
Quem sabe um dia a estranheza o abandone
E o mundo de Leazim de transforme em canção.


14.02.2016

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