Não existem
fores enfeitando os canteiros
Nem borboletas
voando estabanadas
No estranho
mundo de Leazim
Todos os
caminhos conduzem a nada.
As noites são
sempre mais escuras
As horas do
dia parecem se arrastar
Quando todas
as coisas de repente se encaixam
Tudo termina
saindo do lugar.
No estranho
mundo de Leazim
A solidão não
é sombra passageira
Ela é
constante como a poeira da terra
E uma amiga
sempre fiel e verdadeira.
Existe um
silêncio que de tão estrondoso
Faz empalidecer
qualquer música contente
Existem gemidos,
sussurros e atritos
Que se
disseminam de modo eloquente.
É tudo ás
avessas neste estanho mundo
Mas existem
coisas perfeitamente palpáveis
A fé num Deus
que a tudo pode transformar
E a certeza do
paraíso são bastante estáveis.
Tantos sonhos,
medos, anseios e ideologias
Poesias, desejos,
raios e trovões
Saudades,
sentimentos, razão, esperança
No mundo de
Leazim existem mil tentações.
Como há de ser
o dia de amanhã?
Neste mundo
tão estranho nada está definido
Apenas a
certeza de que tudo pode mudar
E que o hoje e
o amanhã não precisam ser parecidos.
No estranho
mundo de Leazim
Poucos têm a
ousadia de penetrar
Alguns observam
de fora e fazem comentários
Outros passam
rápidos e mais rápido querem julgar.
Tudo muda,
tudo sempre se transforma
E este mundo
imperfeito está sujeito a mutação
Quem sabe um
dia a estranheza o abandone
E o mundo de
Leazim de transforme em canção.
14.02.2016
Uma bela viagem poética, amigo poeta Mizael! Gostei!!
ResponderExcluirmuito obrigado, querida
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