Longe
é o perto distante
Quando
dois seres amados
Coexistem
num mesmo espaço
Respiram
do mesmo ar
Compartilham
do mesmo chão
Abrigam-se
sob o mesmo teto
E
por uma ventura do destino
Ou
um desatino da vida
Estão
distantes um do outro.
Longe
é quando os braços
Que
poderiam se abraçar afetuosos
Sequer
conseguem se tocar
Quando
os olhos não se fitam
Tentando
enxergar coisa alguma
Na
alma de quem está ali
Bem
à sua frente.
Estar
verdadeiramente longe
É
quando o amor já não há
Quando
as palavras nada dizem
E
a boca se cala, emudece
Sem
palavras de afeto ou elogios
Sem
conselhos e declarações
Que
outrora diziam: eu te amo.
O
longe se encontra nos passos
Que
seguem em direções opostas
Mesmo
caminhando lado a lado
Quando
os sonhos não se encontram
Os
planos não se completam
As
metas não se convergem
E
os dois seguem em frente
Sem
perceber a enorme distância
O
imenso abismo que os separa.
Que
tão duro longe é
O
perto por mero costume
A
união forçada pela dor
De
existir simplesmente por existir
Esperando
chegar o fim da vida
Onde,
talvez, próximos estarão
Na
sepultura que lhes restou
Após
uma vida tristemente distantes
Onde
nem um nem outro
Jamais
amou.
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