quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

CHUVAS E PEDRAS




No exato momento em que parei para pensar
Sobre todas as coisas que vivi
Eu nem podia imaginar
Que as lembranças fossem bombas
A explodir em minha mente
Em meio à guerra que há em mim
Então me pus a chorar.

E quando as lágrimas começaram a escorrer
Molhando o caminho por onde eu passava
Percebi que sementes germinavam
Dos sofrimentos que passei
E então assim eu pude entender
Que por mais insana que a vida seja
Sempre haverá frutos para colher.

O que plantei lá no passado
Talvez tristezas e desilusões
Talvez sonhos que jamais realizei
Hoje me encaram e denunciam
Que valeu a pena cada passo que foi dado
Porque mesmo que eu tenha me machucado
O importante é que do caminho
Eu jamais desisti.

Eu quero cantar quando a chuva cair
Quanto o temporal se abater sobre mim
Festejar cada lágrima que rolar
E a noite eu vou dormir tranquilo
Sabendo que as flores se abrirão
E todas as cores e perfumes
Hão de colorir o meu jardim
Por isso insisto em continuar
Por isso insisto em acreditar.

Um dia no rio da desesperança
Lancei a rede e pesquei tormentos
Coisas que me feriram a alma
E agora que recobrei a consciência
E navego pelo mar que um dia rejeitei
Não olho para as grandes ondas
E nem para os tubarões
Porque sei onde quero chegar.

E no momento exato em que eu pôr os pés
Na areia molhada da praia
Saberei do que já sabia:
Que embora o mundo lhe atire pedras
Você pode sobreviver a elas
Mesmo que as pedras sejam você
E que basta apenas ter fé
Para lutar e para vencer.

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