Sobre todas as coisas
que vivi
Eu nem podia imaginar
Que as lembranças fossem
bombas
A explodir em minha
mente
Em meio à guerra que há
em mim
Então me pus a chorar.
E quando as lágrimas
começaram a escorrer
Molhando o caminho por
onde eu passava
Percebi que sementes
germinavam
Dos sofrimentos que
passei
E então assim eu pude
entender
Que por mais insana que
a vida seja
Sempre haverá frutos
para colher.
O que plantei lá no
passado
Talvez tristezas e
desilusões
Talvez sonhos que jamais
realizei
Hoje me encaram e
denunciam
Que valeu a pena cada
passo que foi dado
Porque mesmo que eu
tenha me machucado
O importante é que do
caminho
Eu jamais desisti.
Eu quero cantar quando a
chuva cair
Quanto o temporal se
abater sobre mim
Festejar cada lágrima
que rolar
E a noite eu vou dormir tranquilo
Sabendo que as flores se
abrirão
E todas as cores e
perfumes
Hão de colorir o meu
jardim
Por isso insisto em
continuar
Por isso insisto em
acreditar.
Um dia no rio da
desesperança
Lancei a rede e pesquei
tormentos
Coisas que me feriram a
alma
E agora que recobrei a consciência
E navego pelo mar que um
dia rejeitei
Não olho para as grandes
ondas
E nem para os tubarões
Porque sei onde quero
chegar.
E no momento exato em
que eu pôr os pés
Na areia molhada da
praia
Saberei do que já sabia:
Que embora o mundo lhe
atire pedras
Você pode sobreviver a
elas
Mesmo que as pedras
sejam você
E que basta apenas ter
fé
Para lutar e para
vencer.
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